segunda-feira, 21 de setembro de 2015

REBAELLIUN

Confira a entrevista que fizemos com a banda Rebaelliun, banda que gravou clássicos do estilo brutal death metal, pioneiros do estilo no mundo todo, influenciaram centenas de bandas novas no mundo todo nos ultimos 15 anos, nos deram uma das melhores notícias deste ano de 2015 que é a volta dessa magnífica banda, confira a entrevista abaixo.




Saudações Fabiano, muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e Argumentos”, é uma honra entrevistá-lo como está sendo a volta do Rebaelliun as atividades e quais os planos para o futuro?

Fabiano Penna: Eu que agradeço o interesse de vocês e o espaço. O Rebaelliun ficou parado de 2002 até 2015, decidimos a volta da banda há uns 2 meses atrás, já definimos um cronograma pros próximos meses e de lá pra cá tem sido muito trabalho diariamente. Além da divulgação em si, esse trabalho de botar a banda no mapa novamente pro público de Metal extremo, estamos preparando material pro nosso terceiro álbum, já intitulado The Hell’s Decrees. Começamos a gravar agora em Dezembro, o disco sai em Maio na Europa pela Hammerheart Records e a partir daí vamos pra estrada fazer shows e divulgar nossa música. Nesse meio tempo ainda teremos o relançamento de todos nossos trabalhos, o EP At War de 1999 sai agora em Outubro em vinil, uma edição limitada em 7”, e na sequência teremos relançamento do Burn the Promised Land e do Annihilation, em CD e LP. Bastante coisa acontecendo, tudo corrido e tumultuado do jeito que a gente gosta...

Qual a atual formação da banda?

Fabiano Penna: Voltamos com a formação do Annihilation. Lohy Fabiano (vox/bass), Ronaldo Lima (guitars), Fabiano Penna (guitars) e Sandro Moreira (drums). Nossa melhor formação, diga-se de passagem.

Quais são suas principais influências musicais?

Fabiano Penna: Eu ouço de tudo desde sempre. Trabalho com produção musical e com trilha pra filmes, então acabo tendo contato com praticamente qualquer estilo de música. E divido a música em apenas dois ‘gêneros’:  música boa e música ruim. Dentro do Metal posso dizer que o que me influencia são as bandas que cresci ouvindo, como o Slayer, Morbid Angel, Judas Priest, a fase clássica do Sepultura. E na guitarra tenho uma devoção muito grande ao maior de todos, Jimi Hendrix.

Lohy Fabiano: Dentro do metal eu citaria Behemoth, Marduk, e Angelcorpse, que são bandas que me influenciam bastante e pelas quais eu tenho muita admiração, além das já citadas pelo Penna. Fora do metal eu procuro ficar com meus ouvidos atentos, pois as vezes de onde menos se imagina você acaba aproveitando uma ideia interessante que pode inspirar e enriquecer o trabalho da banda.

Onde é possível adquirir o material de merchandise da banda? cd’s, camisetas, etc?

Fabiano Penna: Temos concentrado a nossa divulgação e merch no Facebook no momento, o site vai estar no ar apenas com o lançamento do novo álbum, ano que vem. www.Facebook.com/Rebaelliun . Lá postamos o material que temos no momento e já podem fazer o contato, ou no email rebaelliun.brazil@gmail.com .

Como foi a repercussão de “Burn the Promised Land” na época em que ele foi lançado?

Fabiano Penna: Pegou muita gente de surpresa, porque a banda era bem desconhecida de certa forma. Em alguns países a gente já tinha formado uma boa base, como Holanda, Alemanha e Bélgica, passamos 3 meses tocando na Europa e divulgando nossa demo, foi quando descolamos o contrato pra lançar o Burn the Promised Land. Então nesses países já havia uma expectativa em relação à banda. Em muitos outros, como Estados Unidos, por exemplo, a banda ainda era desconhecida. Tenho ainda os reviews do álbum, foram muito positivos, nos alçou de uma banda desconhecida a um posto já entre bandas como Angelcorpse, Centurian, Krisiun. O disco vendeu muito bem, tanto que logo após o lançamento já voltamos pra Europa pra uma turnê pra promover o álbum, trabalhamos muito na divulgação desse disco.

Como têm sido a recepção dos fãs pela volta da banda, mais de 10 anos após a mesma ter terminado suas atividades?

Lohy Fabiano: De fato não poderia ser melhor, pois foi maior do que imaginávamos. A galera fez questão de mostrar que o nome da banda ainda estava vivo e nunca foi esquecido. Desde os fãs que ouviram os discos e viram shows da banda na época de seus lançamentos, até a galera que só conheceu o Rebaelliun depois de 2002, a recepção está sendo muito positiva.

Quais as principais inspirações para as composições das letras da banda?

Lohy Fabiano: Sempre fomos influenciados por ideias líricas fortes. A oposição às doutrinas religiosas e manipuladoras, o lado mais obscuro e sombrio da natureza humana até sua total aniquilação sempre foram os temas que nos identificaram e que nos representam. E nesse sentido, não há melhor e maior influência lírica do que prestar a atenção no momento que a humanidade passa  hoje.


Pra quando podemos esperar um novo material da banda?

Fabiano Penna: Estamos já compondo e pré produzindo o disco novo, que chamará The Hell’s Decrees. Gravamos aqui em São Paulo entre Dezembro e Janeiro, o disco sai em Maio na Europa pela Hammerheart Records. Ainda não sabemos quem vai lançar no Brasil, mas estamos trabalhando pra que isso aconteça simultaneamente ao lançamento lá fora.

Como têm sido a parceria com a Metal Media?

Fabiano Penna: Excelente, eu já tinha trabalhado com Débora e Rodrigo quando eu tinha o The Ordher, já sabemos como é o trabalho deles, e aí flui. Grandes pessoas e grandes profissionais.

Quando serão os próximos shows da banda? deixe as datas para nossos leitores.

Lohy Fabiano: Ainda não temos datas agendadas, pois pra nós esse é o momento de focar na composição e na produção do novo disco. Decidimos fazer shows somente após o lançamento do novo trabalho, para podermos nos concentrar e trazer um material de qualidade. Após o lançamento do novo disco, pretendemos tocar muito e esperamos chegar em lugares que ainda não tocamos. Estamos ansiosos e com gana para subir aos palcos novamente, e 2016 trará o momento certo pra liberarmos essa energia contida.

Como têm sido a parceria com a Lab6? Quais equipamentos de palco você tem usado ou pretende usar nos próximos shows da banda?

Fabiano Penna: Foi muito legal da parte do Zperandio ter nos proposto essa parceria, que é vital pro nosso trabalho acontecer. Somos amigos tem pelo menos uns 15 ou 16 anos, ele confia no nosso trabalho e nós no dele. Meu equipamento se resume a uma guitarra Gibson SG Special Faded e um set de pedais com 5 ou 6 peças (drive, wah wah, phaser, delay e tuner). Há muitos anos que não tenho amplificador meu, lá fora o backline é sempre de primeira linha e aqui no Brasil com um pouco de conversa dá pra exigir o mínimo. Por mais que se fale em Mesa Boogie eu ainda sou um maníaco dos Marshall, bota um JCM 900 pra mim que eu fico feliz...

Qual afinação de guitarra você pretende usar nos shows e no próximo álbum?

Fabiano Penna: Nossos 2 primeiros discos foram gravados em Eb (Mi Bemol), meio tom abaixo da afinação convencional. Pro disco novo, vamos gravar em C (Dó), 2 tons abaixo. Já no final do Rebaelliun a gente estava usando uma afinação mais baixa, no The Ordher também toquei em C, então propus pra banda da gente seguir nessa afinação, que é muito eficaz. Na antiga a gente tinha o sonho de ter uma guitarra 7 cordas, como o Trey Azagthoth do Morbid Angel, mas a afinação em C já resolve bastante e torna tudo mais prático.

Como têm sido a parceria com a Hammerheart Records? fale sobre os relançamentos antigos da banda.

Lohy Fabiano: Trabalhar com a Hammerhheart foi muito bom desde o início, pois sempre investiram e acreditaram na banda. Eles eram nossa primeira opção, devido ao histórico, e ao ótimo trabalho que realizaram conosco. A parceria foi muito boa antes, e pretendemos repetir a dose com esse novo trabalho. Quantos aos relançamentos, está programado agora para Outubro de 2015 o relançamento em 7” do EP At War. O Burn the Promised Land, e o Annihilation  também estão em previsão de relançamento, mas ainda sem data certa.

Quais bandas nacionais/internacionais você tem ouvido ultimamente?

Fabiano Penna: No geral sempre recorro aos discos que cresci ouvindo, como os primeiros do Morbid Angel (até o Domination), primeiros três álbuns do Deicide, Slayer antigo. E alguns álbuns que eu ouvia muito no final dos 90, como o The Inexorable do Angelcorpse, a fase mais Death Metal do Behemoth, que também gosto muito. No Brasil eu gosto bastante atualmente do Patria, colaborei no último álbum deles e gosto bastante de ouvir esse play, estão fazendo um trabalho primoroso.

Lohy Fabiano: Além dos clássicos do gênero, tenho ouvido bastante o último do Misery Index, Septic Flesh(o The Great Mass é um disco muito bom), o Plague Angel do Marduk, e gostei muito do The Satanist do Behemoth. Aqui no Brasil, o RxDxP ainda é uma das minhas bandas preferidas, e o Século Sinistro é um ótimo disco também.

Como você vê a cena underground atual? o que melhorou¿ o que pode ser melhorado?

Fabiano Penna: Eu acho que o underground já difere de país pra país. Eu toquei muito fora do país, e como agora mais bandas brasileiras estão tendo acesso a viajar e tocar lá fora, acho que talvez aos poucos a gente assimile um pouco de como se faz lá fora. No Brasil melhorou muito, hoje em dia um show underground tem uma estrutura mínima, há 15 anos atrás era realmente na raça, tinha que tocar com o que tinha e ponto final. Mas ainda falta bastante pra gente ver a coisa de forma mais profissional: o produtor de show encarar o evento como negócio, ir atrás de patrocínio, não ficar dependendo de bilheteria pra pagar banda. As pessoas respeitarem mais o trabalho do músico, saberem que tem gente que vive de música que não pode sair de casa pra tocar sem ganhar nada, isso não existe. Não é feio cobrar pelo seu trabalho, e se o trabalho do cara é a música, por que ele tem que trabalhar de graça? Então se fala muito que o problema do Underground brasileiro é financeiro, mas eu sempre achei que o problema do Underground brasileiro é cultural, e não financeiro. Quando o cara que cobra pra tocar é visto como ‘mercenário’, as coisas estão bem erradas. Mas como eu falei lá em cima, já foi pior, estamos num caminho com maiores perspectivas, acho que a tendência é melhorar...

Fabiano, muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações finais e um recado para aqueles que acompanham a trajetória da banda e leitores do blog, deixe seus contatos.

Fabiano Penna: Eu que agradeço o espaço, o bate-papo e tudo mais. Por enquanto as pessoas podem achar todas atualizações da banda no www.Facebook.com/Rebaelliun , futuramente no nosso site www.rebaelliundeathmetal.com ou podem também nos mandar um email no rebaelliun.brazil@gmail.com . Aproveitar pra todas pessoas – e não são poucas – que têm nos ajudado desde que anunciamos a volta da banda, amigos, apoiadores, fãs de Metal extremo... Sem palavras pra agradecer pela força de vocês!


Lohy Fabiano: Obrigado ao Questões e Argumentos pelo espaço e apoio, e à todos que estão envolvidos no retorno do Rebaelliun, e toda a galera que tem nos apoiado e fez questão de manter a “chama acesa”, valeu!








Um comentário:

  1. Bela entrevista, parabéns Fabiano e Lohy, sucesso pra vocês e banda neste retorno!

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