Confira a entrevista que fizemos com a banda Rebaelliun, banda que gravou clássicos do estilo brutal death metal, pioneiros do estilo no mundo todo, influenciaram centenas de bandas novas no mundo todo nos ultimos 15 anos, nos deram uma das melhores notícias deste ano de 2015 que é a volta dessa magnífica banda, confira a entrevista abaixo.
Saudações Fabiano, muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e Argumentos”, é uma honra entrevistá-lo como está sendo a volta do Rebaelliun as atividades e quais os planos para o futuro?
Saudações Fabiano, muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e Argumentos”, é uma honra entrevistá-lo como está sendo a volta do Rebaelliun as atividades e quais os planos para o futuro?
Fabiano
Penna: Eu que agradeço o interesse de vocês e o espaço. O Rebaelliun ficou
parado de 2002 até 2015, decidimos a volta da banda há uns 2 meses atrás, já
definimos um cronograma pros próximos meses e de lá pra cá tem sido muito
trabalho diariamente. Além da divulgação em si, esse trabalho de botar a banda
no mapa novamente pro público de Metal extremo, estamos preparando material pro
nosso terceiro álbum, já intitulado The Hell’s Decrees. Começamos a gravar
agora em Dezembro, o disco sai em Maio na Europa pela Hammerheart Records e a
partir daí vamos pra estrada fazer shows e divulgar nossa música. Nesse meio
tempo ainda teremos o relançamento de todos nossos trabalhos, o EP At War de
1999 sai agora em Outubro em vinil, uma edição limitada em 7”, e na sequência
teremos relançamento do Burn the Promised Land e do Annihilation, em CD e LP.
Bastante coisa acontecendo, tudo corrido e tumultuado do jeito que a gente
gosta...
Qual
a atual formação da banda?
Fabiano
Penna: Voltamos com a formação do Annihilation. Lohy Fabiano (vox/bass),
Ronaldo Lima (guitars), Fabiano Penna (guitars) e Sandro Moreira (drums). Nossa
melhor formação, diga-se de passagem.
Quais
são suas principais influências musicais?
Fabiano
Penna: Eu ouço de tudo desde sempre. Trabalho com produção musical e com
trilha pra filmes, então acabo tendo contato com praticamente qualquer estilo
de música. E divido a música em apenas dois ‘gêneros’: música boa e música ruim. Dentro do Metal
posso dizer que o que me influencia são as bandas que cresci ouvindo, como o
Slayer, Morbid Angel, Judas Priest, a fase clássica do Sepultura. E na guitarra
tenho uma devoção muito grande ao maior de todos, Jimi Hendrix.
Lohy
Fabiano: Dentro do metal eu citaria Behemoth,
Marduk, e Angelcorpse, que são bandas que me influenciam bastante e pelas quais
eu tenho muita admiração, além das já citadas pelo Penna. Fora do metal eu
procuro ficar com meus ouvidos atentos, pois as vezes de onde menos se imagina
você acaba aproveitando uma ideia interessante que pode inspirar e enriquecer o
trabalho da banda.
Onde
é possível adquirir o material de merchandise da banda? cd’s, camisetas, etc?
Fabiano
Penna: Temos concentrado a nossa divulgação e merch no Facebook no momento,
o site vai estar no ar apenas com o lançamento do novo álbum, ano que vem. www.Facebook.com/Rebaelliun . Lá
postamos o material que temos no momento e já podem fazer o contato, ou no
email rebaelliun.brazil@gmail.com
.
Como
foi a repercussão de “Burn the Promised Land” na época em que ele foi lançado?
Fabiano
Penna: Pegou muita gente de surpresa, porque a banda era bem desconhecida
de certa forma. Em alguns países a gente já tinha formado uma boa base, como
Holanda, Alemanha e Bélgica, passamos 3 meses tocando na Europa e divulgando
nossa demo, foi quando descolamos o contrato pra lançar o Burn the Promised
Land. Então nesses países já havia uma expectativa em relação à banda. Em
muitos outros, como Estados Unidos, por exemplo, a banda ainda era
desconhecida. Tenho ainda os reviews do álbum, foram muito positivos, nos alçou
de uma banda desconhecida a um posto já entre bandas como Angelcorpse,
Centurian, Krisiun. O disco vendeu muito bem, tanto que logo após o lançamento
já voltamos pra Europa pra uma turnê pra promover o álbum, trabalhamos muito na
divulgação desse disco.
Como
têm sido a recepção dos fãs pela volta da banda, mais de 10 anos após a mesma
ter terminado suas atividades?
Lohy
Fabiano: De fato não poderia ser melhor, pois foi maior do que
imaginávamos. A galera fez questão de mostrar que o nome da banda ainda estava
vivo e nunca foi esquecido. Desde os fãs que ouviram os discos e viram shows da
banda na época de seus lançamentos, até a galera que só conheceu o Rebaelliun
depois de 2002, a recepção está sendo muito positiva.
Quais
as principais inspirações para as composições das letras da banda?
Lohy
Fabiano: Sempre fomos influenciados por ideias líricas fortes. A oposição
às doutrinas religiosas e manipuladoras, o lado mais obscuro e sombrio da
natureza humana até sua total aniquilação sempre foram os temas que nos
identificaram e que nos representam. E nesse sentido, não há melhor e maior
influência lírica do que prestar a atenção no momento que a humanidade
passa hoje.
Pra
quando podemos esperar um novo material da banda?
Fabiano
Penna: Estamos já compondo e pré produzindo o disco novo, que chamará The
Hell’s Decrees. Gravamos aqui em São Paulo entre Dezembro e Janeiro, o disco
sai em Maio na Europa pela Hammerheart Records. Ainda não sabemos quem vai
lançar no Brasil, mas estamos trabalhando pra que isso aconteça simultaneamente
ao lançamento lá fora.
Como
têm sido a parceria com a Metal Media?
Fabiano
Penna: Excelente, eu já tinha trabalhado com Débora e Rodrigo quando eu
tinha o The Ordher, já sabemos como é o trabalho deles, e aí flui. Grandes
pessoas e grandes profissionais.
Quando
serão os próximos shows da banda? deixe as datas para nossos leitores.
Lohy
Fabiano: Ainda não temos datas agendadas, pois pra nós esse é o momento de
focar na composição e na produção do novo disco. Decidimos fazer shows somente
após o lançamento do novo trabalho, para podermos nos concentrar e trazer um
material de qualidade. Após o lançamento do novo disco, pretendemos tocar muito
e esperamos chegar em lugares que ainda não tocamos. Estamos ansiosos e com
gana para subir aos palcos novamente, e 2016 trará o momento certo pra
liberarmos essa energia contida.
Como
têm sido a parceria com a Lab6? Quais equipamentos de palco você tem usado ou
pretende usar nos próximos shows da banda?
Fabiano
Penna: Foi muito legal da parte do Zperandio ter nos proposto essa
parceria, que é vital pro nosso trabalho acontecer. Somos amigos tem pelo menos
uns 15 ou 16 anos, ele confia no nosso trabalho e nós no dele. Meu equipamento
se resume a uma guitarra Gibson SG Special Faded e um set de pedais com 5 ou 6
peças (drive, wah wah, phaser, delay e tuner). Há muitos anos que não tenho
amplificador meu, lá fora o backline é sempre de primeira linha e aqui no
Brasil com um pouco de conversa dá pra exigir o mínimo. Por mais que se fale em
Mesa Boogie eu ainda sou um maníaco dos Marshall, bota um JCM 900 pra mim que
eu fico feliz...
Qual
afinação de guitarra você pretende usar nos shows e no próximo álbum?
Fabiano
Penna: Nossos 2 primeiros discos foram gravados em Eb (Mi Bemol), meio tom
abaixo da afinação convencional. Pro disco novo, vamos gravar em C (Dó), 2 tons
abaixo. Já no final do Rebaelliun a gente estava usando uma afinação mais
baixa, no The Ordher também toquei em C, então propus pra banda da gente seguir
nessa afinação, que é muito eficaz. Na antiga a gente tinha o sonho de ter uma
guitarra 7 cordas, como o Trey Azagthoth do Morbid Angel, mas a afinação em C
já resolve bastante e torna tudo mais prático.
Como
têm sido a parceria com a Hammerheart Records? fale sobre os relançamentos
antigos da banda.
Lohy
Fabiano: Trabalhar com a Hammerhheart foi muito bom desde o início, pois
sempre investiram e acreditaram na banda. Eles eram nossa primeira opção,
devido ao histórico, e ao ótimo trabalho que realizaram conosco. A parceria foi
muito boa antes, e pretendemos repetir a dose com esse novo trabalho. Quantos
aos relançamentos, está programado agora para Outubro de 2015 o relançamento em
7” do EP At War. O Burn the Promised Land, e o Annihilation também estão em previsão de relançamento, mas
ainda sem data certa.
Quais
bandas nacionais/internacionais você tem ouvido ultimamente?
Fabiano
Penna: No geral sempre recorro aos discos que cresci ouvindo, como os
primeiros do Morbid Angel (até o Domination), primeiros três álbuns do Deicide,
Slayer antigo. E alguns álbuns que eu ouvia muito no final dos 90, como o The
Inexorable do Angelcorpse, a fase mais Death Metal do Behemoth, que também
gosto muito. No Brasil eu gosto bastante atualmente do Patria, colaborei no
último álbum deles e gosto bastante de ouvir esse play, estão fazendo um
trabalho primoroso.
Lohy
Fabiano: Além dos clássicos do gênero, tenho ouvido bastante o último do
Misery Index, Septic Flesh(o The Great Mass é um disco muito bom), o Plague
Angel do Marduk, e gostei muito do The Satanist do Behemoth. Aqui no Brasil, o
RxDxP ainda é uma das minhas bandas preferidas, e o Século Sinistro é um ótimo
disco também.
Como
você vê a cena underground atual? o que melhorou¿ o que pode ser melhorado?
Fabiano
Penna: Eu acho que o underground já difere de país pra país. Eu toquei
muito fora do país, e como agora mais bandas brasileiras estão tendo acesso a
viajar e tocar lá fora, acho que talvez aos poucos a gente assimile um pouco de
como se faz lá fora. No Brasil melhorou muito, hoje em dia um show underground
tem uma estrutura mínima, há 15 anos atrás era realmente na raça, tinha que
tocar com o que tinha e ponto final. Mas ainda falta bastante pra gente ver a
coisa de forma mais profissional: o produtor de show encarar o evento como
negócio, ir atrás de patrocínio, não ficar dependendo de bilheteria pra pagar
banda. As pessoas respeitarem mais o trabalho do músico, saberem que tem gente
que vive de música que não pode sair de casa pra tocar sem ganhar nada, isso
não existe. Não é feio cobrar pelo seu trabalho, e se o trabalho do cara é a
música, por que ele tem que trabalhar de graça? Então se fala muito que o
problema do Underground brasileiro é financeiro, mas eu sempre achei que o
problema do Underground brasileiro é cultural, e não financeiro. Quando o cara
que cobra pra tocar é visto como ‘mercenário’, as coisas estão bem erradas. Mas
como eu falei lá em cima, já foi pior, estamos num caminho com maiores
perspectivas, acho que a tendência é melhorar...
Fabiano,
muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações finais e um recado
para aqueles que acompanham a trajetória da banda e leitores do blog, deixe
seus contatos.
Fabiano
Penna: Eu que agradeço o espaço, o bate-papo e tudo mais. Por enquanto as
pessoas podem achar todas atualizações da banda no www.Facebook.com/Rebaelliun ,
futuramente no nosso site www.rebaelliundeathmetal.com
ou podem também nos mandar um email no rebaelliun.brazil@gmail.com .
Aproveitar pra todas pessoas – e não são poucas – que têm nos ajudado desde que
anunciamos a volta da banda, amigos, apoiadores, fãs de Metal extremo... Sem
palavras pra agradecer pela força de vocês!
Lohy
Fabiano: Obrigado ao Questões e Argumentos pelo espaço e apoio, e à todos
que estão envolvidos no retorno do Rebaelliun, e toda a galera que tem nos
apoiado e fez questão de manter a “chama acesa”, valeu!
Bela entrevista, parabéns Fabiano e Lohy, sucesso pra vocês e banda neste retorno!
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